quarta-feira, 3 de junho de 2009

Ame e dê Vexame!

Você ama aquela petulante.
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu.
Você deu flores que ela deixou a seco, você levou para conhecer a sua mãe e ela foi de blusa transparente.
Então?
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é viciante e você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.
Isso tem nome.

Você ama aquele cafageste.
Ele diz que vai ligar e não liga.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha.
Ele não tem a menor vocação para pr[incipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo.
Por que você ama este cara?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento e sim uma equação Matemática:
Eu linda + você inteligente igual a dois apaixonados.
Não funciona assim.
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem.
Caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo à porta.
O amor não obedece a razão.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá ou pelo tormento que provoca.
Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível..
Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons motoristas e bons pais de família tá assim, ó..
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é.

Fonte: Texto extraído do livro "Ame e dê Vexame", Editora Novo Paradigma (escrito por Roberto Freire).

Nenhum comentário:

Postar um comentário